sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rui Falcão fala sobre o Congresso da Juventude; taxa de juros, eleições municipais e as irônicas estratégias dos tucanos

Leia abaixo a íntegra da entrevista coletiva, ou assista na TVPT. A entrevista foi concedida após a reunião da executiva do Partido.


“Primeiro nós estamos aqui, saldando a realização do Congresso da Juventude, que vai ser agora do dia 12 ao dia 14, estamos constatando que o clima eleitoral, já começa a tomar conta do PT, já há um processo de preparação muito intenso, constatei isto agora, inclusive numa viagem à Blumenau, a Juazeiro do Norte, Barbalha, e Icapuí, que tem uma eleição agora dia 13, uma eleição suplementar, isto é a primeira observação do momento que nós estamos vivendo, a gente fala da crise mundial, faz menção a crise mundial, cuja a duração e conseqüência são imprevisíveis e estamos destacando a reiteração da postura do nosso Governo, da nossa presidenta que diante da crise, mais uma vez assinala que nós não vamos promover recessão e desemprego, que vamos apostar no crescimento com redução de desigualdades, com políticas fiscal e monetária responsáveis, vendo nisso um caminho para solução da crise global”.

Taxas de juros:

“A gente já vinha assinalando este comportamento, e estamos fazendo menção a varias medidas que a gente acha positivas, como a redução continuada e responsável da SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -, a nova política para concessão de licenças ambientais, mecanismos de proteção da indústria nacional. Essas iniciativas que ela tomou nas viagens internacionais que fez, e o esforço conjunto que fez agora, da base aliada, unida para a aprovação da DRU - Desvinculação de Receitas da União – que é uma medida importante até para o enfrentamento da crise. Foi aprovada em primeiro turno, e a gente espera que também o seja no segundo turno, finalmente nós fazemos menção a – não tem uma critica de passagem, aquele seminário do PSDB, que a gente fala que enquanto a oposição conservadora macaqueia em seminários com slogan americano e para não valorizar excessivamente eles, a própria Folha de São Paulo, está tratando com muita ironia e depreciando muito as conseqüências do seminário”.

Yes, we can…

“Não, é um outro, eles fizeram um outro, a Folha criou outro e muito bem humorado, no editorial hoje (10.11). Nós estamos festejando, a sanção próxima de duas leis que não são só do PT , mas tem a digital muito forte do PT, que é a Comissão da Verdade e a lei do acesso publico às informações: A primeira por que permite você conhecer os fatos recentes da história, o caso dos desaparecidos, das mortes das torturas, que é algo que nós nunca conseguimos ter aqui no Brasil, o conhecimento pleno até para que as atuais, as novas gerações não permitam que aconteça de novo. Isto não foi só obra do PT, foi de várias correntes políticas, mas nós achamos que isto também é uma causa nossa e a lei de acesso a informação, primeiro considera a informação um bem público, por que não é um bem nem do Estado, nem do Governo, mas também de nenhum grupo privado, seja ele qual for, segundo que acaba com o sigilo eterno de documentos que até então prevalecia, e mostra também qual é o nosso compromisso,, firme com a transparência, com a liberdade de informação, de opinião, de livre expressão de pensamento e a nossa cultura petista avessa a qualquer tipo de censura”

“Finalmente a gente conclama todo o pessoal para prosseguir, observando as orientações o 4º Congresso, sobre alianças, tática, sobre lançamento de candidaturas, e acentuando, tudo isto para buscar a unidade, que tem sido instrumento mais poderoso na construção das nossas vitórias.”


Repórter: Essa orientação é para evitar prévias?

“Não! Nunca houve orientação para fazer prévia. A orientação é sempre buscar o consenso, agora você tem que ter mecanismos de solução de conflito, quando não tem consenso, tem um método democrático há muito tempo no PT, que já foi muito elogiado, e mudou no nosso Congresso agora, só uma coisa: Que em casos em que 2/3 do Diretório entenderem que não é necessário fazer prévia, faça a solução em um encontro de delegados, que também é uma forma democrática de aferir, só que é mais restrito que a prévia que envolve todos os filiados, mas em nenhum momento se suprimiu a prévia.”


“Era necessário sempre buscar unidade, é que nem a luta sindical, a greve não é o primeiro passo, começa a negociar, apresenta pauta, pede a data base, quando não dá, vai para a greve”.


Eleições:

“Não, Minas não está caminhando para encontro de delegados, porque não tem nem definição ainda se tem candidatura própria ou não. Qual é o processo: Você tem prazo limite para um Diretório determinado se manifestar em primeiro lugar, se quer aprovar candidato de outro partido. Se o Diretório não se manifesta, nem encontro para apoiar candidato de outro partido, você abre as inscrições para as candidaturas petistas, se tiver mais de uma, ou tem prévia, ou tem encontro de delegados para definir, porque obrigatoriamente você tem encontros no país todo para discutir aliança, fechar chapa, para escolher chapa de vereadores, aprovar o Programa, todos os municípios vão ter estes encontros o ano que vem, então o prazo limite para esta questão de Belo Horizonte, que você esta mencionando, é o ano que vem. Não há esta necessidade, os diretórios que por acordo, antecipem, nós não vamos. São Paulo, por exemplo, São Paulo definiu que ia fazer plenárias e que ia marcar data de prévia para o dia 27 de Novembro. As prévias então tem data, tudo aceito por todo mundo, por que não houve nenhuma proposta de apoiar candidato de outro partido em São Paulo, capital. Se até o dia 27 de novembro se mantiverem as três candidaturas que estão lá, então vai ter uma prévia”.

“É para reforçar junto a militância… Vou dar um exemplo para vocês, porque que tem que ter orientação geral: João Pessoa (PB) tem uma discussão. Duas partes de Diretório. Uma defende o apoio ao atual prefeito, que é do PSB, e a outra quer lançar um deputado nosso, não tem outro candidato, quer lançar um candidato, um deputado nosso, candidato à prefeito, então eles estão se entendendo em várias coisas, estão conversando e a busca da unidade lá, não necessariamente, esta constrangido só isso. Tem outras cidades, onde forças políticas nossas tem outras pretensões, então de repente, você vai fazer um acordo de 10 cidades e não tem prévia envolvida. São duas orientações diferentes, sobre se tem candidato próprio ou não tem, então aí não é prévia, ai é divergência de opinião que não vai ser resolvida em previa, tem um encontro para resolver isto. Se antes do encontro você consegue fazer um acordo entre as partes, ótimo, se você não fizer, o encontro, por maioria de votos, ou aprova a candidatura própria, ou o apoio ao prefeito atual”.


“Toda vez que tem disputa, por mais elevada que ela seja, e no PT, sempre é disputa de idéias, alguém na votação levou, agora no PT, nós não temos deixado seqüelas, vocês viram o Congresso, em votação um perde, outro ganha, prevalece a unidade partidária”.




Do Portal do PT

A comunicabilidade de Dilma - Entrevista coletiva da presidenta Dilma, após sanção da lei do Supersimples

Por Oswaldo

Uma das melhores coletivas de imprensa de Dilma na presidência até agora:

- distingue com clareza e concisão o contexto econômico brasileiro do internacional;

- questiona de forma incisiva a abordagem da imprensa brasileira em relação ao tema da DRU e da crise econômica;

- dá uma mensagem também clara a respeito dos juros no contexto de seu governo;

- reitera a orientação política de crescimento econômico;

- mantém o bom humor num nível ótimo (tendo em vista que ela tem ganhado a fama de carrancuda).

Nenhuma dessas características é novidade. Mas em se tratando de uma curta coletiva de imprensa, achei que ela dominou perfeitamente a dinâmica da comunicação com os jornalistas, ao mesmo tempo que foi clara e concisa no conteúdo. Em suma, passou muito bem o recado. Considero que isso não é pouca coisa, pois como já disse, essa questão da habilidade em comunicar-se vinha ( e vem) sendo apontada com um dos pontos mais carentes da presidente. Acredito que o tema da relação de Dilma com a imprensa merece uma análise mais cuidadosa, pois há que se levar em conta vários outros aspectos. Mas rapidamente quis apontar estes agora.

Do Luis Nassif Online


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Bancada do PT apoia luta por habitação popular no centro de São Paulo

Bancada do PT apoia luta por habitação popular na Capital


O deputado Enio Tatto, líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (9/11), visitou algumas das ocupações de imóveis abandonados no centro da Capital organizadas por famílias de trabalhadores sem-teto.

Acompanhado da coordenadora da Central de Movimentos Populares, Tereza Lara, e do representante da Frente de Luta por Moradia, Osmar Borges, o deputado prestou apoio e solidariedade às reivindicações do movimento dos trabalhadores sem-teto e colocou à Bancada dos deputados petistas à disposição para uma eventual negociação junto ao poder público municipal.

As ocupações são um protesto contra a falta de moradia e por um amplo Projeto Habitacional para famílias de baixa renda. Os sem-teto reivindicam que a Secretaria Municipal de Habitação – SEHAB, Companhia Metropolitana de Habitação – COHAB, a Secretaria Estadual de Habitação e a CDHU dêem início a uma política habitacional para o centro da Capital, já no orçamento de 2012.

Fotos: Nenê da Liderança https://picasaweb.google.com/LIDERPT/OCUPACAOFLMNOCENTROSP?authuser=0&authkey=Gv1sRgCI2xt5-_gNbtNQ&feat=directlink

Do PT ALESP

Dilma quer Comissão da Verdade pluralista



A presidente Dilma Rousseff deve sancionar nos próximos dias o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade. Mas o colegiado, que terá a missão de investigar os crimes cometidos durante a ditadura, só deve ser instalado em 2012. Embora Dilma tenha proibido que integrantes do governo falem publicamente sobre os candidatos às sete vagas, o governo já desenhou o perfil que espera dar à comissão.

A chave é a pluralidade. Dilma quer garantir a presença das mais diversas tendências políticas no grupo a fim de assegurar que o relatório final da Comissão da Verdade seja visto como fruto de um trabalho de Estado, e não apenas do atual governo. Pela lei aprovada pelo Congresso, caberá à presidente escolher os sete componentes da comissão.

O texto elaborado pelo Executivo e depois aprovado por deputados e senadores determina que a comissão seja "pluralista" e não tenha "caráter jurisdicional ou persecutório". No entanto, antes de a proposta ser votada, chegou ao Planalto a informação de que alas mais conservadoras da oposição e militares queriam garantias de que a Comissão da Verdade não seria "revanchista". Para assegurar tramitação tranquila ao projeto, previu-se então a participação de dois intelectuais - um ligado à oposição e outro de esquerda.

Devem ser nomeados também um jurista e um militante de direitos humanos sem ligação direta com os conflitos da época da ditadura, mas que tenha interlocução com os familiares das vítimas do regime militar. Outro perfil desejado é o de um conservador. Alas do governo também defendem a escolha de um artista, iniciativa que poderia aproximar a comissão da sociedade. A ideia é inspirada na congênere Argentina, que contou com a participação de Ernesto Sábato.

Na lista de nomes considerados fortes, há três ex-secretários de Direitos Humanos, dois do governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro e José Gregori, e Nilmário Miranda, do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Outra cotada é a advogada Rosa Maria Cardoso, que, entre outros presos políticos, defendeu Dilma durante a ditadura.

Por outro lado, fontes do Executivo afirmam que não poderão ser escolhidas pessoas ou representantes de órgãos que já marcaram posição em relação à comissão. Pode sofrer resistências, por exemplo, indicação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por conta da tentativa da entidade de rever a Lei da Anistia. Religiosos que tenham criticado a comissão também podem ser vetados, embora no governo haja simpatia pela presença de alguém da Igreja.

Familiares das vítimas da ditadura e organizações de direitos humanos defendem as indicações do procurador da República Marlon Weichert, responsável por ações de responsabilização de ex-agentes da ditadura e Jair Krischke, especialista na integração entre os governos sul-americanos na repressão de militantes de esquerda. No entanto, integrantes do governo são contrários à nomeação de procuradores que tiverem tomado parte em ações relacionada ao regime militar.

A comissão terá prazo de dois anos. Não poderá participar do colegiado quem exercer cargo executivo de partidos políticos, não tenha "condições de atuar com imparcialidade" ou ocupe cargo em comissão ou função de confiança no Estado.

O colegiado terá como objetivo "examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos", como torturas, mortes, desaparecimentos e ocultação de cadáveres. A comissão terá ainda de tornar públicos locais, instituições e circunstâncias relacionados às violações de direitos humanos e suas eventuais ramificações no Estado e na sociedade, assim como auxiliar na identificação de corpos de desaparecidos

A comissão poderá convocar testemunhas e requisitar informações e documentos de órgãos e entidades do poder público, mesmo que sigilosos. Terá também poderes para fazer diligências para a coleta ou a recuperação de documentos.

O texto estabelece ainda que será "dever" dos servidores públicos e dos militares colaborar com a comissão. Os integrantes do colegiado receberão um salário de R$ 11.179,36.

Do Valor Econômico (para assinantes)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011